quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

Teimosia

Olá, mundo!

Hoje, 19:52H, sento-me a escrever que em praticamente 26 anos de vida não mudei absolutamente nada. A minha teimosia, talvez o factor mais marcante e mais escondido da minha personalidade anormalmente calada, continua tão poderosa como quando me atirava para o chão a fazer birra. Palavras da minha mãe, quem sou eu para negar?

Mas o problema é que nego. Nego e por isso dou cabeçadas maiores das que consigo aguentar. Mães sabem mais do que nós, mesmo antes de sabermos o que se passa nós mesmos. Elas sabem quando estamos a mentir (ou não, mas as consequências da descoberta são piores), sabem quando estamos tristes, zangados ou até mesmo apaixonados. Sabem o que nos faz sorrir melhor que nós mesmos e sabem as nossas qualidades mais ignoradas por nós. Mães são seres únicos à face da Terra e a minha não é diferente.

A minha relação amor-ódio com ela será inevitável para o resto das nossas vidas. Sempre seremos incansavelmente diferentes, confortáveis em realidades opostas e felizes por coisas inúteis ou superficiais (mas diferentes). Mas ela é minha mãe e eu deveria, depois de quase 26 anos de vida, começar a ouvir o que ela tem para dizer. Porém, o meu eu que se atira para o chão a fazer birra gosta de fazer as coisas à sua maneira e, mais uma vez, caiu num buraco profundo. E a minha mãe é a única que está lá para me esticar a mão e ajudar-me a sair desse buraco. Posso ser uma filha ingrata, mas igual ti, mãe, não existe. Obrigado.

Descobri também hoje que outro dos meus piores traços permanece. Ser medricas. Desde de criança que sou uma medricas. Tenho medo de cair, de fazer algo errado, de dizer algo errado, e de tudo o resto que possa perturbar a minha segurança teimosamente atingida. Tenho, sobretudo, medo de falhar. Algo que acontece constantemente na minha vida.

Hoje aceitei que tenho medo de escrever. Não de escrever de forma aleatória, mas de escrever a história da minha vida. A história que fez a minha escrita crescer e a mim também. Tenho medo de pegar naquilo que recriei há um ano atrás e dar-lhe vida. Porque a minha escrita não é profissional, não é de livro, mas de internet. E, por algum motivo, perdi a fervura que me fazia abrir o Word e escrever uma montanha de disparates com personagens que não eram meus. 

Sei que a fervura não volta, a idade já pesa. Mas o medo, tenho que aprender a perdê-lo, da mesma maneira que tenho de perder a maldita teimosia que me persegue desde que era uma criança de fraldas. 

Resumo:
  • O que estou a ler: Viver para Contá-la, de Gabriel García Márquez;
  • Série do momento: Nenhuma;
  • Último filme visto: Star Wars Episode VII: The Force Awakens;
  • Anime que estou a ver: Fushigi Yuugi;
  • O que estou a jogar: The Sims 3 - The Ultimate Sim Challenge;
  • Comida desejada: Nenhuma;
  • Momento do dia: A noite, em que estou a gelar na cadeira a escrever isto;
  • Sentimento de hoje: Culpa;
  • Música do dia: Star Wars Theme (culpa da Ana).



With lots of love,
Sora

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